Tendo participado já em diversas campanhas do Banco Alimentar como voluntária ao longo da minha vida, nenhuma se comparou com esta.
Sendo a primeira vez que ia fazer voluntariado no armazém, não sabia o que esperar, mas assim que começou o trabalho perdi todas as incertezas que tinha.
Assim que cheguei, colocaram-me logo a arranjar os sacos de papel sobrantes da última campanha, que se encontravam amarrotados, e a metê-los em molhos de 25, o que me fez perceber o quanto bons eram estes sacos, pois alguns já tinham sido utilizados durante várias campanhas.
A melhor parte, foi quando começaram a chegar as carrinhas com os alimentos. Com a ajuda de um empilhador e de um porta-paletes, alguns dos voluntários descarregavam as paletes cheias de sacos de papel com os alimentos, que tinham vindo dos diversos supermercados ao redor da cidade, enquanto os restantes voluntários formavam uma espécie de linha de montagem: uns ficavam de um lado da mesa a descarregar os sacos, os outros ficavam do outro lado a organizar tudo em cestos, para colocar nos carrinhos previamente designados para cada tipo de alimento.
Com ajuda de todos, fomos capazes de esvaziar cerca de 3 a 4 paletes grandes cheias de alimentos muito rapidamente.
Assim que todas as paletes tivessem vazias e todos os alimentos tivessem distribuídos nos respetivos carrinhos, pegávamos nestes e levávamo-los para junto do local onde o referido alimento era devidamente armazenado.
De seguida, voltávamos a meter os carrinhos no seu sítio e voltávamos a arranjar os sacos com anteriormente, até chegar a próxima carrinha.
Era sempre assim, era algo muito cíclico. No fim, deram-nos alguma coisa para comer e ficámos a conviver.
Eu gostei muito mais de estar no armazém do que na porta do supermercado porque, para além de estarmos sempre a trabalhar e de termos sempre alguma coisa para fazer, havia uma maior aproximação entre os voluntários, o que tornava a experiência mias enriquecedora.
Margarida Fernandes, nº 18, 12ºA